O termo Depressão, quando usado de forma patológica, se caracteriza por humor depressivo, desinteresse por suas atividades que antes lhe causavam prazer e falta de energia. A Depressão, está associada a elevadas taxas de morbidade e mortalidade por conta da natureza crônica e de sintomatologia persistente, levando a diferentes graus de incapacitação e risco de suicídio.

Mundialmente, a depressão é uma das principais causas de anos perdidos por incapacitação e morte prematura. O diagnóstico da Depressão é clínico, através da anamnese e exame psíquico com o médico especialista.

Seguem abaixo os principais sintomas que compõem os critérios diagnósticos da Depressão:

• humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. A pessoa pode relatar se sentir triste, vazio, sem esperança;
• acentuada perda de interesse e/ou prazer por suas atividades;
• perda ou ganho significativo de peso sem estar de dieta, devido diminuição ou aumento do apetite;
• insônia ou hipersônia todos os dias;
• agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
• fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
• sentimentos de inutilidades ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante) quase todos os dias;
• capacidade diminuída de pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias;
• pensamentos recorrentes de morte (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou
• plano específico de cometer suicídio;
• os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou comprometimento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento;
• as queixas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica.

O tratamento adequado muitas vezes consiste na combinação de farmacoterapia, psicoterapia, psicoeducação e/ou suporte social.

Os antidepressivos são o tratamento medicamentoso de escolha. Preconiza-se manter a dose eficaz por 01 ano para evitar recaídas e durante anos, se o paciente apresentar depressão recorrente. A manutenção do antidepressivo reduz em 70% o risco de novos episódios.

Acompanhamento psicológico também são parte do tratamento, bem como melhorias no estilo de vida, como adotar em sua rotina alimentação mais saudável, exercícios, readequação de toda a rotina diária para buscar uma melhoria global em sua qualidade de vida.

Fonte: Clínica Psiquiátrica – Editora Manole.