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A Musicoterapia baseia-se na utilização da música e/ou dos seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um profissional qualificado, num processo terapêutico com uma pessoa ou grupo, cujas metas são: facilitar e promover a comunicação, relação, mobilização, aprendizagem, organização e expressão, entre outros objetivos terapêuticos, apostando no desenvolvimento de potencialidades e/ou no restabelecimento de funções do indivíduo, para que ele alcance uma melhor integração intra e/ou interpessoal, e por conseguinte, obtenha uma melhor qualidade de vida. O musicoterapeuta pode atuar em diversos contextos, dentre eles, o hospitalar, comunitário, organizacional e educacional, como também no âmbito da gerontologia e da saúde mental (Federação Mundial de Musicoterapia,1996).
Enquanto ciência e profissão, surgiu no século XX, quando foi utilizada em hospitais nos Estados Unidos, na recuperação de egressos da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a Musicoterapia chegou nos anos 70, com o surgimento do primeiro curso de especialização no Paraná e primeiro curso de graduação no Rio de Janeiro. Porém, é nos anos 80 que a Musicoterapia aparece com mais visibilidade e força, especificamente no campo da saúde mental brasileira, a partir da aclamação de novas estratégias de humanização no atendimento. Nesse viés, ela eclode como sendo uma potente proposta de cuidado humanizado; bem como uma intervenção eficaz e não invasiva.
Segundo a literatura científica, os benefícios do processo musicoterapêutico em grupo para pacientes em sofrimento psíquico são relevantes, visto que essa prática viabiliza a abertura de canais de comunicação dos indivíduos participantes das sessões, bem como um aumento da acuidade da realidade e da percepção de si mesmo, do outro e do mundo. Além disso, nesse percurso, acontece a promoção da elevação da autoestima, do protagonismo e do senso de pertencimento dessas pessoas.
Em Garanhuns, a Clínica do Sol é a instituição pioneira na prestação de serviço da prática musicoterapêutica qualificada, no âmbito da saúde mental. Nas sessões, as quais acontecem semanalmente em grupo, as atividades musicais desenvolvidas e norteadas pelos métodos de Bruscia (recriação, improvisação, composição e audição) são sempre pensadas no sentido de serem trabalhadas funções psíquicas dos participantes, tais como atenção, concentração, memória, sensopercepção, orientação e consciência, no intuito de se alcançar uma melhor organização cognitiva desses pacientes. Por outro lado, a aposta é no desenvolvimento da capacidade criativa de cada um e nas suas potencialidades para que eles possam levar e ampliar as atitudes produzidas no setting musicoterapêutico para as situações da vida cotidiana.
Acompanhada do trabalho de outros setores da equipe multidisciplinar da Clínica do Sol, a Musicoterapia tem colaborado para que aconteça um movimento de ruptura dos mundos de isolamento e sofrimento nos quais os pacientes se encontram internamente mergulhados, fazendo com que eles consigam emergir numa superfície pessoal menos dolorosa e inflexível. Todo esse caminho provoca, portanto, uma mobilidade de um lugar subjetivo tomado apenas pela angústia e tormento, no qual não reverbera nenhum tipo de som agradável, para um espaço que faz ressoar um mundo de possibilidades de bem-estar, onde afetos, emoções e sentimentos são expressos e compartilhados por meio do fazer sonoro-musical conjunto.
© Todos os direitos reservados a Clínica do Sol
Desenvolvido por Hagile Agência Digital
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